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As Boas Práticas De Governança Corporativa Sempre Resultam Em Um Maior Desempenho Da Companhia? (portuguese)

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As boas práticas de governança corporativa sempre resultam em um maior desempenho da companhia?

São Paulo

2015

 As boas práticas de governança corporativa sempre resultam em um maior desempenho da companhia?

São Paulo

2015

SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO.............................................................................................................................4

2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................................5

3 METODOLOGIA......................................................................................................................11

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................46

5 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS...................................................................................47

1. Introdução

A presente pesquisa buscou estudar a correlação existente entre as empresas que aderem as boas práticas de governança corporativa e o desempenho de suas ações no mercado financeiro num período de 2013 e 2014. A pesquisa se concentrou no Brasil e EUA para entender se, mesmo quando comparando duas estruturas diferentes de marcado de capitais houve uma correlação no desempenho das empresas de acordo com seu nível de governança corporativa. Para descrever o nível de governança corporativa das empresas utilizadas na pesquisa, foram considerados os rankings CGI-100 da empresa DeltaRankigs para o Brasil e The most trustworthy companies para os EUA.

Através do excesso de retorno, encontrado na diferença do retorno da ação menos o retorno teórico, foi feito uma correlação para identificar se a empresa com melhores práticas de governança corporativa obteve o maior excesso de retorno.

A pesquisa identificou que, em ambos mercados, mesmo com a empresa aderindo as melhores praticas de governanca corporativa, de acordo com os rankings, não houve uma correlação com o excesso de retorno apresentado. Conclui-se que as boas praticas de governança corporativa permitem uma comunicação mais efetiva e transparente entre os acionistas e a empresa, processos mais eficazes, uma melhor estrutura social, e permanentes fiscalizações, porém não garante um maior excesso de retorno.

Palavras-chave – governança corporativa, excesso de retorno, teoria das agencias

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Desde por volta do início dos anos 1970 a expressão governança corporativa é utilizada em âmbito acadêmico, porém apenas por volta do início dos anos 1990 que essa prática ganhou força no centro de discussões no mundo financeiro.

Segundo Di Miceli (2010) alguns fatores contribuíram para um aumento das discussões sobre o tema:

  • O crescimento do ativismo dos investidores, impulsionado pelos investidores institucionais, que passaram a pressionar por melhores praticas de governança corporativa buscando resultados mais concretos no longo prazo. Antes essa pressão era realizada através de mecanismos de saída (venda da ação), porém durante esse período foi se percebendo a importância de uma aproximação maior dos acionistas com os executivos.
  •  Com a onda de aquisições hostis, hostile take-overs, nos EUA, tendo seu pico nos anos 1980, os executivos começaram a adotar praticas anti-takeovers, ou as famosas poison-pills, para tentar se defender desses movimentos, que muitas vezes eram vistos como benéficos pelos acionistas dessas empresas.
  • A onda de privatizações que ocorreu nos anos 90 trouxe o tema governança corporativa para o mundo, principalmente para o Brasil. Muitas dessas privatizações eram realizadas através da abertura dessas empresas no mercado acionário, exigindo uma mudança na cultura de administração de empresas de capital aberto no país. Foi nesse período que foi criado o IBGC (Instituto Brasileiros de Governança Corporativa), no inicio chamado de IBCA (Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração)
  • Não apenas a onda de privatizações ajudou numa maior discussão do tema no mundo, mas com a grande desregulamentação e integração dos mercados acionários no mundo, possibilitou a negociação de ações em outros países, ou a listagem dupla. Isso possibilitou um grande benchmark de práticas de governança corporativa entre vários mercados pelo mundo todo.
  • Série de escândalos e crises financeiras no final do século XX, como o caso Enron e a crise dotcom, impulsionaram o foco do mercado em melhores práticas de governança corporativa.
  • Com a crise de 2008, os governos lançaram leis mais duras de governança corporativa a fim de aumentar o monitoramento dos riscos aos quais as empresas estavam sujeitas.

Há uma serie de estruturas de governança corporativa pelo mundo, sendo que cada país se assemelha a uma de acordo com as normas que utilizam para regulamentar seu mercado e sua cultura de administração de empresas.

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