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Atmospheres - Peter Zumthor

By:   •  Essay  •  1,160 Words  •  May 4, 2011  •  1,039 Views

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Atmospheres - Peter Zumthor

A minha apresentação será alusiva ao livro "Atmosferas" do arquitecto Peter Zumthor.

A escolha deste livro ao em vez de qualquer um dos outros propostos, incide no facto de querer tentar perceber melhor qual é a lógica que o arquitecto têm em mente ao projectar, para que chegue ao produto final. Isto porque considero bastante interessante a sua linguagem arquitectónica, que aparenta (no meu entendimento) da conjugação de dois conceitos de naturezas opostas. A adopção de principios modernistas (depuração, linhas simples), que pode conferir uma entidade mais esteril, fria e sem identidade ao edifício, com a exploração da materialidade que confere uma dimensão mais sensorial, quente e logo mais humana.

Em termos gerais pode-se dizer que o livro nos dá a conhecer de que forma é possivél a Peter Zumthor atribuir as várias ambiências que são distintas e características de cada obra, independentemente da sua natureza. A "atmosfera" própria por assim dizer, que envolve cada espaço e presença arquitectónica. Em suma, a sua alma.

Ao longo do livro o arquitecto vai revelando uma pequena lista de considerações a ter, que ajudam a moldar e consolidar intenções que passam posteriormente para o projecto, ao mesmo tempo que menciona fontes de inspiração próprias (e vastas), que váo desde por exemplo música, materiais, pessoas, livros e que tornam rico o seu léxico sensorial.

O primeiro destes pontos alude à "arquitectura enquanto corpo", e o que quer com isto ele dizer? Julgo que ao dizer isto, tenta dizer que o objecto arquitectónico, ainda que resulte de um conjunto de pequenas coisas – componentes -, estes, quando juntos, formam algo único e com uma nova identidade (daí a metáfora), sendo que são estas pequenas coisas que conferém o caracter à obra.

O segundo – "a consonância dos materiais"- revolve em torno da necessidade de haver uma harmonia entre os materiais. Tal como na música, existem várias possibilidades ao nivel de composição, no entanto, há composições, certas relações criadas entre as notas, que não funcionam bem termos melódicos - são dissonantes, não há uma concordância -, e são essas mesmas relações que devem de ser pensadas pelo arquitecto. A criação de uma sinfonia sublime através da materialidade.

A terceira consideração refere-se ao "som do espaço". Creio que com isto Peter Zumthor aborda a acústica especial enquanto matéria mutável (quer pelo tipo de presenças que nele existem, quer pelos próprios materiais usados) e que deve de ser ajudasta face ao tipo de utilização, dado que este pode ser entendido como sendo outro dos traços de personalidade do edifício, e que o tornam singular, não deixando por isso, de ser posto em segundo plano.

A "temperatura do espaço", a quarta das suas considerações, também se relaciona com o que está inerente aos materiais escolhidos para os espaços. Neste caso a sensação que deixa passar, se é um material que aparenta ser quente ou não. Penso que esta considerção, mais do que as já referidas, é umaque joga muito mais com a mente, e com a maneira pela qual é percepcionada e certa e determinada coisa, como por exemplo o betão ou metal (materiais frios e estéreis) em oposição à madeira ou alcatifa (que são associados a algo mais quente pela cor e até textura). Um jogo de associação de conceitos, a meu ver.

No quinto ponto, aborda-se uma temática que é apelidada de "as coisas que me rodeiam", Com isto tenta lembrar e fazer com que se tome consciência de que, apesar de partir de si, enquanto arquitecto, a caracterização espacial, os possivéis objectos que para isto contribuem, não têm que ser forçosamente pensados por este, mas que não devem no entanto ser subjugados por não serem da sua autoria, dado que continuam a desempenhar um papel importante e por isso devem de ser pensadas.

Através da ideia de "serenidade e sedução", é-nos dito implícitamente que um espaço jamais deverá ser demasiado directo (entenda-se por isto fazer algo que não seja excessivamente obvio). Trata-se de oferecer a quem experiencia uma oportunidade de descoberta própria, evitar conduzir e limitar deliberadamente a história, dando escolhas, criando para isso momentos de surpresa no utilizador.

O sétimo ponto é relativo às "tensões entre o interior e

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